https://revista.sbpdepa.org.br/revista/issue/feedPsicanálise - Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre2023-09-01T08:46:21-03:00Sandra Gehling Bertoldibiblioteca@sbpdepa.org.brOpen Journal SystemsPsicanálise - Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/852Os destinos dos estados traumáticos2023-08-25T09:41:59-03:00Claude Smadja<p>Sinto-me muito honrado pelo convite e feliz de poder discutir com vocês sobre esse tema tão extenso e tão frequente na nossa prática psicanalítica – o tema do traumatismo. Tentarei, então, retraçar os destinos dos estados traumáticos. Primeiramente, gostaria de ressaltar que a noção de traumatismo não é um conceito especificamente psicanalítico. Trata-se de um conceito geral que pertence, em grande parte, à área médica. Freud o tomou emprestado para examiná-lo no campo psíquico, e essa noção se prestou a diversas elaborações teóricas. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/853As compulsões no campo das adições. Figura da pulsão de morte2023-08-25T10:33:38-03:00Cristina Lindenmeyer<p>Ouvimos muito falar numa crise da psicanálise. Na França, podemos citar o ano de 1975, quando muitos textos foram publicados sobre essa questão, depois nos anos 2000 e, atualmente, a questão se coloca novamente para nós.<br>É bem verdade que a evolução dos costumes e o surgimento de novas tecnologias e biotecnologias produziram mudanças sociais decisivas que pouco a pouco nos impõem a retomada de certos conceitos psicanalíticos.<br>Com efeito, a psicanálise não é independente da sociedade em que é praticada e a partir da qual sustenta seus conceitos. A questão que persiste nesses questionamentos é: quais seriam as consequências dessas mutações sociais e culturais na nossa prática? [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/854Dependências e adições2023-08-25T13:08:05-03:00Silvia Brandão Skowronsky<p>A compulsão no campo das adições. Figuras da pulsão de morte. Uma complexa problemática e um inquietante tema, trabalhados de maneira brilhante por Cristina Lindenmeyer.<br>Verdadeira Mestra, nos encanta com seu pensar teórico-clínico, que nos estimula ao diálogo. Especialmente interessantes são as ideias que desenvolve sobre a participação da pulsão de morte nas situações de compulsão no campo das adições. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/855A sobrevivência dos vaga-lumes é o inatual da prática psicanalítica?2023-08-25T13:23:18-03:00Yolanda Gampel<p>Bom dia a vocês e boa tarde a mim neste momento. E muito obrigada pelo convite. Espero que eu possa trazer um pouco do que planejei e que, para vocês, seja um encontro em que haja um vínculo com tudo o que vocês estão trabalhando e com tudo o que está acontecendo neste momento, não só no restante do mundo, tenho certeza que no Brasil as coisas também não estão<br>brilhantes, não tão terríveis como na Europa, mas não estão brilhantes.<br>E ver como tudo isso nos leva a pensar… a não perder a possibilidade de pensar e continuar criando. Isso é o mais importante, e por isso o título dessa conferência é “A sobrevivência dos vaga-lumes”, ou seja, os vaga-lumes que aparecem à noite e que desaparecem… não é que eles desapareçam, eles se escondem. E então temos que ir encontrá-los. São essas luzes que eles nos dão e que nos abrem um caminho. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/856Homenagem a Yolanda Gampel2023-08-25T16:21:26-03:00Ana Rosa Chait Trachtenberg<p>A autora aborda aspectos-chave da obra de Yolanda Gampel, prestando-lhe homenagem. Traz conceitos de núcleo/transmissão radioativos, objeto tesourificado, dor social a partir de seu trabalho clínico com sobreviventes do Holocausto (Shoah). Comenta o texto A sobrevivência dos vaga-lumes é o inatual na prática psicanalítica? considerando a conferência de 14 maio de 2022, na SBPdePA, com ênfase no tema da esperança.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/857Resenha do livro Fragilidade absoluta. Ensaios sobre psicanálise e contemporaneidade, de Giovanna Bartucci2023-08-25T16:40:48-03:00Adriana Ampezzan<p>Há vários fios intrincados nos sete artigos e ensaios que compõem a nova edição do livro de Giovanna Bartucci, "Fragilidade absoluta. Ensaios sobre psicanálise e contemporaneidade" (2022). Qual deles puxar, para seguir o caminho das reflexões da autora, sem deixar de fora a sua essência? Eis que na leitura surge um fio que conduz os leitores à sua preocupação central, sobre o lugar e a função “subversiva” da psicanálise no mundo contemporâneo. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/843Editorial2023-08-24T09:03:11-03:00Sandra Gehling BertoldiCatherine LapolliFábio Martins PereiraMaria Isabel Ribas PachecoPatricia Rivoire Menelli GoldfeldRoberto Ossig de VasconcelosRodrigo Valmor Mendonça BoettcherSusana Magalhães Beck<p>Essa edição da Revista Psicanálise foi inspirada no próximo Congresso Brasileiro de Psicanálise, promovido pela Febrapsi, que tem como tema “O Eu com Isso: afetos em emergência”.<br />A palavra afeto tem origem na palavra latina affectus, que significa disposição, estar inclinado a. Em sua raiz, encontramos afficere, afetar, que significa fazer algo a alguém, influir sobre. Afeto indica relação com outro. As elaborações freudianas na construção de uma teoria dos afetos foram desenvolvidas em termos metapsicológicos, definindo o afeto como representante da pulsão. Assim, ao lado da representação (ideia), o afeto (energia) permite o acesso da pulsão à esfera psíquica. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/846Projeto Ubuntu2023-08-24T12:42:18-03:00Ane Marlise Port RodriguesBeatriz Saldini BehsCaroline MilmanEliane Grass Ferreira NogueiraIgnácio Alves Paim FilhoJanine Maria de Oliveira SeveroLisiane Milman CervoRosa Santoro Squeff<p>Desde julho de 2020, a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (SBPdePA) vem se debruçando sobre a temática do racismo institucional resultante do racismo estrutural que permeia a estrutura social e econômica no Brasil e pergunta-se sobre seu papel nas condições de acesso ou exclusão de colegas negros, negras e indígenas para formação psicanalítica em seu Instituto de Psicanálise. Em abril de 2021, aprova-se, em assembleia geral, o Projeto Ubuntu — Programa de Bolsas Formação Psicanalítica do Instituto de Psicanálise da SBPdePA para Profissionais Negros, Negras e Indígenas das Áreas de Psicologia e Medicina. Esse Projeto foi desenvolvido por uma força-tarefa que passou a ser denominada de Comissão Ubuntu. Também foi aberta uma conta bancária específica para o Fundo Financeiro do Projeto Ubuntu, para os depósitos advindos de parte do lucro de atividades científicas e eventos da SBPdePA e de doações de pessoas físicas e jurídicas. Neste trabalho, descrevem-se as bases conceituais do Projeto Ubuntu e as razões de sua implementação. A partir de um trabalho conjunto da Diretoria da SBPdePA, do Instituto de Psicanálise e da Comissão Ubuntu, é lançado, em 10 de outubro de 2022, o primeiro edital público do Programa de Bolsas para a seleção de postulantes à formação psicanalítica.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/847Rir a ser2023-08-24T14:06:57-03:00Bruna Mello da Fonseca<p>O presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão literária acerca do tema do humor em psicanálise, buscando compreender de que forma este se transforma em recurso narrativo. Assim sendo, serão trazidos alguns recortes de sessões de psicanálise para ilustração e debate da temática. Dessa forma, este artigo busca tensionar como o uso do humor pode se tornar potencial facilitador do acesso a conteúdos difíceis/traumáticos em análise.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/848Elementos musicais no processo psicanalítico2023-08-24T14:30:22-03:00Heribert Blass<p>Por que a psicanálise deveria ter algo em comum com a música? Não podemos simplesmente presumir que a música e a psicanálise são compatíveis. Sigmund Freud, o fundador da psicanálise, fez apenas alguns comentários sobre música. Achava que ele próprio era quase incapaz de apreciar música. Como um homem “racional”, ele não estava disposto a ser influenciado pela música, porque desconfiava do efeito emocional que poderia ter sobre ele (1914, p. 172). No entanto, Eissler (1974, p. 93, citado por Nitzschke, 1986/2006, p. 310) duvidava da autoavaliação de Freud. Ele achava que isso refletia a reação de Freud a uma experiência amorosa decepcionante na adolescência. Nitzschke (1986/2006) interpretou a atitude reticente de Freud em relação à música como reflexo de uma infeliz experiência pré-verbal com sua mãe. Consequentemente, Freud considerava a psicanálise uma “cura pela fala”, na qual as palavras são usadas para expressar emoções e pensamentos. Ele achava que a psicanálise deveria promover um “avanço da intelectualidade” (Freud, 1939, p. 110). Em Moses and Monotheism (Moisés e o Monoteísmo), que trata do mandamento mosaico que proíbe qualquer imagem de Deus, Freud considerava a psicanálise como parte de um desenvolvimento social no qual a ordem social matriarcal é abandonada em favor de uma ordem patriarcal. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/849Ecos do (no) silêncio2023-08-24T15:15:58-03:00Leticia Casagrande<p>Este trabalho contempla 9 anos de atendimento realizados com paciente portador de Esclerose Lateral Amiotrófica. Em virtude do cenário degenerativo da doença, a fala foi impedida por tubos de traqueostomia, tornando imperativo a adequação dos modelos tradicionais de comunicação em análise. A palavra falada não pôde ser a matéria-prima da escuta e a modalidade de comunicação<br>se deu através do piscar dos olhos como sinalizador das letras responsáveis pela construção das palavras. O texto aborda a sensibilidade artesanal do treino de empatia e intuição para traduzir o sofrimento e transformá-lo em narrativa. Através do potencial de transformação que a psicanálise oferece, o foco se deu no desafio de alcançar o paciente em sua singularidade, ajudando-o a ressignificar o sentido vital, bem como elaborar o luto em vida da própria morte. Angústias, incertezas e desassossegos foram norteadores da capacidade de calibrar desejos possíveis frente à dolorosa e implacável realidade da doença.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/850Tédio2023-08-24T15:33:36-03:00Lucca Zini Homem de Bittencourt<p>Na contemporaneidade, principalmente a partir da revolução informacional, e, mais especificamente, com o advento dos dispositivos digitais, como celulares e tablets, temos observado o recrudescimento de sintomas ligados à apatia e à anedonia, que podem ser sintetizados no analisador Tédio. Principalmente na infância, mas não exclusivamente, esses sintomas suscitam preocupação, em função de que a ludicidade e a fruição do imaginário são imprescindíveis para o desenvolvimento psíquico e para o laço social.<br>O presente trabalho objetiva refletir sobre o tédio contemporâneo, pensando à luz dos mecanismos de satisfação pulsional e sua relação com dispositivos de entretenimento digital à pronta-entrega, sendo esses entendidos como possíveis objetos de adição. Desse modo, delineando o tédio como um mecanismo de recusa (verwerfung) do pensar-desejar, a perversão enquanto modalidade de desejo pode ser pensada como uma dinâmica e sintomática social emergente de se relacionar com a satisfação.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/851Se eu tivesse apenas mais cinco minutos… (Da dor de ser à agonia do não ser)2023-08-24T16:10:55-03:00Marília Amaro da Silveira Modesto Santos<p>A partir de dois casos clínicos, com patologias narcísicas identitárias, frutos de traumatismos precoces, e tendo como pressuposto a importância de o meio ambiente proporcionar uma resposta em tempo adequado às excitações do bebê, o presente trabalho visa conversar sobre as confluências e divergências do indivíduo que precisa proteger-se de si mesmo, vivendo partes de si em um como se, daqueles que são habitados por um vazio e buscam uma identidade em personagens históricos idealizados.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/844O duplo2023-08-24T10:05:56-03:00Augusta Gerchmann<p>Não raro encontramos na clínica casos que identificamos tratar-se de falhas precoces em que faltam representações para expressar o vazio gerado pelo não reconhecimento de um novo SER que vem ao mundo. São situações em que, geralmente, a mãe não recebe o bebê que gerou identificando-o como alguém novo, em um novo tempo. Ao contrário, esse bebê sofre as consequências de uma vida que não é sua, sentindo-se “estranho” a ele mesmo, usando medicações em excesso na busca de tentar adaptar-se no mundo. Através da vinheta, desenvolvemos o conceito de unheimlich como aquilo que efetivamente ocorreu e que, ao não poder ser simbolizado, retorna cindido, deixando um vazio no lugar da concepção afetiva do si mesmo.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegrehttps://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/845O Ego e o Id2023-08-24T10:23:07-03:00Bruno Salesio S. Francisco<p>Bom dia a todos!<br>Estou muito contente por estar aqui na SPPA, que conheço há bastante tempo; uma instituição consistente, de colegas muito competentes e com uma revista de tradição e de alto nível, fruto de muita dedicação.<br>Agradeço à Diretoria da SPPel por ter-me indicado a representar nossa Sociedade neste evento preparatório do 28º Congresso Brasileiro de Psicanálise. Cumprimento a FEBRAPSI, cujo atual presidente é membro da SPPel, pela iniciativa em propor este evento preparatório. Falar de um tema como este que está proposto, em quinze minutos, só pode ser feito em manchetes. Por tal<br>razão, serei informal. Meu foco será 'Afetos em Emergência’. [...]</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre