Psicanálise - Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
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Psicanálise - Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto AlegreSociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (SBPdePA)pt-BRPsicanálise - Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre1518-398X<p><span class="VIiyi" lang="pt"><span class="JLqJ4b ChMk0b" data-language-for-alternatives="pt" data-language-to-translate-into="es" data-phrase-index="0">Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SBPdePA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.</span></span></p>Resenha do livro A carne e a escrita: um estudo crítico psicanalítico sobre Graciliano Ramos, de Roberto B. Graña
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<p>Minha aproximação com Roberto se deve muito às fronteiras entre literatura, filosofia, psicanálise, psicoterapia e psiquiatria. Aposentado na UFRGS em 2012, passei a frequentar oficinas de contos com João Gilberto Noll (Graciliano Ramos e outros) e depois cursos de literatura com João Armando Nicotti (Dostoiévski, Tolstói e outros). Estes três, João Noll, João Nicotti e Roberto Graña, compartilham da capacidade de acolher. Em setembro de 2020, voltei a colaborar nas discussões clínicas na psiquiatria da UFRGS-HCPA. Isso “deu corda no brinquedo” nessas demandas pela literatura, pela filosofia e pela fenomenologia: entrevistar e examinar pacientes sem a abordagem fenomenológico-existencial não tem nada de acolhedor, por faltar a “presença presente e a visualização vívida” recomendadas mais detalhadamente por Karl Jaspers (1997). [...]</p>Cláudio Maria da Silva Osório
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2024-08-162024-08-16261949810.60106/rsbppa.v26i1.885Em defesa de um divã-nuvem
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<p>Resenha do livro Por que o divã?: perspectivas de escuta e a poética da psicanálise, de Lucas Krüger. Editoras: Blucher e Artes e Ecos, 2023, 351 p.</p> <p>Começo esta resenha com o trecho de uma poesia retirada do livro de Lucas Krüger, porque foi assim que essa leitura se assentou em mim: metade poesia, metade teoria, tal como na vivência da escuta que ofertamos àqueles que chegam até nós. Para ser mais precisa, as palavras da epígrafe, escritas pela polonesa Wislawa Szymborska, me levaram às primeiras experiências de supervisão, na qual ansiava por relatar os detalhes de cada sessão em uma tarefa que sempre acabava com um tanto de frustração, pois assim que as palavras chegavam ao papel, já distorciam o ocorrido entre quatro paredes. Foi também por essa via que me ative à leitura dessa densa produção acerca do divã, uma vez que, se é pelo caminho da análise pessoal que chegamos primeiro até ele, é por meio dos seminários teóricos e da prática clínica que as inquietações vão ganhando corpo e voz. [...]</p>Juliana Lang Lima
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2024-08-162024-08-162619910110.60106/rsbppa.v26i1.886O masoquismo do analista
https://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/879
<p>Este texto se propõe a aprofundar o conceito de masoquismo em interlocução com a clínica psicanalítica, enfocando o masoquismo do analista e suas repercussões. Partindo de Sobre o narcisismo: uma introdução, fazemos um percorrido pelos textos metapsicológicos freudianos, salientando a atividade primária rumo aos aportes a partir de 1920, nos quais instaura a passividade como originária na constituição psíquica. Deparamo-nos com a virada pulsional proposta pelo autor e a ênfase na pulsão de morte. A lógica centrada na atividade/passividade, no sadismo/masoquismo é colocada em debate, sendo atualizada e ampliada pelos autores contemporâneos através do masoquismo guardião da vida e do masoquismo tanático em sua dupla face.</p>Maria Beatriz Peixoto TuchtenhagenIgnácio Alves Paim FilhoKatya de Azevedo AraújoRaquel Moreno GarciaSimone Accetta Groff
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2024-08-162024-08-16261162810.60106/rsbppa.v26i1.879Um lápis, uma mãe, dar-se uma luva e constituir-se sujeito
https://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/880
<p>Este trabalho tem como objetivo repensar o conceito de Masoquismo Feminino, proposto por Freud, em 1924. Para tanto, parte-se de uma breve revisão dos conceitos de Complexo de Édipo e de Feminilidade, propostos pelo autor, ao longo da sua teoria. A escrita, que requer um retorno ao narcisismo, é trazida como hipótese que serve de modelo para pensar o processo criativo requerido na construção do feminino e que tem como base a bissexualidade constitucional. Neste sentido, busca-se questionar o masoquismo feminino, no que tange ao reconhecimento da diferença sexual restrito ao fálico-castrado.</p>Morgana Mengue Saft Tarragó
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2024-08-162024-08-16261294310.60106/rsbppa.v26i1.880Editorial
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<p>É com grande satisfação que apresentamos mais um número de nossa Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre, veículo científico de comunicação de grande relevância numa Sociedade Psicanalítica. Nesta, o tema escolhido foi Masoquismo, contemplando o importante texto freudiano O problema econômico do masoquismo, de 1924, em homenagem aos seus 100 anos. A seguir, destacamos um resumo de cada texto, bem como resenhas que compõem este espaço. Desejamos que a leitura seja instigante e contribua à caminhada psicanalítica de cada leitor. [...]</p>Katya de Azevedo AraújoAurinez Rospide SchmitzCatherine LapolliFábio Martins PereiraSusana Magalhães BeckSusana Salete R. Chinazzo
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2024-08-162024-08-16261111410.60106/rsbppa.v26i1.878Sexualidade e pornografia na contemporaneidade pelas lentes teóricas de Sándor Ferenczi
https://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/881
<p>No texto A criança mal acolhida e sua pulsão de morte (1929), Ferenczi teoriza sobre pacientes que não foram amparados quando vieram ao mundo. Nesses casos, ao se inibir a força de viver inicial, resta uma pulsão de morte quase pura, que culmina em uma tendência à autodestruição. Como se manifestaria o desarranjo pulsional na vida sexual de adultos que foram crianças mal acolhidas? Havendo pouco prazer, será que podemos pensar que a genitalidade pode se estruturar na autodestruição, ou seja, envolta em uma pulsão de morte? Neste artigo, constrói-se a possibilidade de que a autodestruição se efetue através do sexo. Nesses casos, não há prazer no ato sexual, apenas alívios e uma busca autodestrutiva. Essas ideias serão alinhavadas pelo exemplo da atriz pornográfica e do filme Pleasure (2021). O artigo visa trazer uma contribuição sobre clínica e sexualidade, articulando genitalidade, subjetividade, laço com o outro e sofrimento psíquico.</p>Caio Ferreira Romano
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2024-08-162024-08-16261466210.60106/rsbppa.v26i1.881Masculinidade
https://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/882
<p>Este artigo configura uma pesquisa bibliográfica narrativa, que tem por finalidade construir um percurso conceitual que apresente a literatura como uma ferramenta na ressignificação das masculinidades. O trabalho partiu do conceito mais amplo de linguagem apresentado pela psicanalista Françoise Dolto, encontrou apontamentos de Sigmund Freud sobre o inquietante na arte literária, citou as importantes contribuições de Judith Butler sobre gêneros, para então apontar a obra de ficção Criança-borboleta do francês Marc Majewski como alternativa para a construção de novas narrativas, promovendo assim um caminho de ressignificação simbólica das masculinidades via literatura.</p>Fabrício Gonçalves Pacheco
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2024-08-162024-08-16261637110.60106/rsbppa.v26i1.882Função materna
https://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/883
<p>Ainda que usado de forma ampla na psicanálise, o termo “função materna” tem uma definição imprecisa e uso na sociedade atual ainda mais incerto. Este breve estudo se propõe a pensar uma delimitação do que chamamos de função materna e quais cuidados estão envolvidos nela. Questiona-se se seria possível propor um outro nome a essa função, de modo a abranger configurações familiares diversas que, de maneira tardia, vêm sendo reconhecidas pela psicanálise.</p>Ian Favero Nathasje
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2024-08-162024-08-16261727710.60106/rsbppa.v26i1.883Pensando sobre os traumas precoces
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<p>As patologias baseadas em traumas precoces no desenvolvimento do ser humano se caracterizam por excesso de energia pulsional não processável, de modo que não ocorre registro ou processamento simbólico desses traumas. Essas patologias estão relacionadas com aquelas identificadas por Freud como neuroses atuais (neurastenia e neurose de angústia) que, por não apresentarem conflito inconsciente, foram consideradas por ele como não analisáveis. No entanto, alguns desenvolvimentos teórico-técnicos da psicanálise moderna permitiram a compreensão e o tratamento psicanalítico de tais patologias. Este artigo buscou trazer algumas destas contribuições.</p>Patricia Rivoire Menelli Goldfeld
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2024-08-162024-08-16261789210.60106/rsbppa.v26i1.884