Como alguém pode ser psicanalista?

Autores

  • Rosa Broner Worcman Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v9i1.253

Palavras-chave:

Psicanalista, Hipérbole, Mudança Catastrófica, Inveja, Fantasia

Resumo

Montesquieu, nas Cartas Persas, ilustra a estranheza do homem quando confrontado com uma cultura desconhecida. Assim acontece em relação a psicanalistas: surgiram ocupando lugar inusitado, entre mago e médico, falando da existência de inconsciente, dizendo amenizar dores com conversa?! Mais estranho ainda, precisam experimentar o próprio remédio que preconizam?! Psicanalistas também estão procurando se situar. Citações de vários colegas, desde como ser um analista ideal até o de não haver fórmula para isso, sugerem características necessárias. Porém, é diante do material clínico que se verifica o quanto a prática pode estar longe ou perto do que se prega, submetidos que somos aos nossos ingovernáveis “eus”, que insistem em se manifestar no interjogo das forças em ação entre analista e analisando.

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Biografia do Autor

Rosa Broner Worcman, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Psicóloga. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

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Publicado

03.06.2007

Como Citar

Worcman, R. B. (2007). Como alguém pode ser psicanalista?. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 9(1), 229–252. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v9i1.253

Edição

Seção

Artigos/Ensaios/Reflexões