Estevan de Negreiros Ketzer

doi:10.60106/rsbppa.v23i2.442

Autores

Estevan de Negreiros Ketzer Anhanguera

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v23i2.442

Palavras-chave:

História da psicanálise, Psicoses, Tausk, Técnica

Resumo

Este artigo trata das contribuições de Viktor Tausk para três áreas importantes da psicanálise: 1) a história da psicanálise, com as contribuições de Ellenberger, Sulloway e Roazen; 2) a teoria de aparelho na psicose, com a ideia de aparelho e sua repercussão no trabalho de Klein, Reich, Deleuze e Guattari, Bion e Kohut; e 3) seu trabalho para a construção posterior de uma técnica psicanalítica com pacientes esquizofrênicos, de Federn e Searles. Concluímos, assim, a necessidade, tanto para proﬁssionais quanto para instituições de formação, de um maior estreitamento de discussões iniciadas por Tausk, não restritas à ﬁgura histórica e à personalidade de Freud, mas que deem vislumbre a diferentes práticas psicanalíticas em diferentes contextos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Estevan de Negreiros Ketzer, Anhanguera

Psicólogo clínico, escritor e professor. Mestre e Doutor em Letras (PUCRS). Professor da Pós-Graduação em psicanálise da Anhanguera, núcleo Erechim.

Referências

Andreas-Salomé, L. (1964). The Freud Journal of Lou Andreas-Salomé. New York: Basic Books.

Andreas-Salomé, L. (1975). Freud e Lou Andreas-Salomé: Correspondência completa. Rio de Janeiro: Imago.

Bion, W. R. (1994). Estudos psicanalíticos revisados. Rio de Janeiro: Imago.

Birman, J. (1990). Memória, silêncio e esquecimento, sobre Tausk e a história da psicanálise. In J. Birman (Org.), Tausk e o aparelho de influenciar na psicose. São Paulo: Escuta.

Blanchot, M. (2005). O livro por vir. São Paulo: Martins Fontes.

Braudel, F. (1965). História e Ciências Sociais. Revista de História, 30(62), 261-294.

Braudel, F. (1989). El Mediterráneo: El espacio y la historia. Ciudad del Mexico: Fondo de la Cultura Económica.

Chianese, D. (2008). Constructions and the analytic field: History, scenes and destiny. New York: Routledge.

Clifford, J. (2014). A experiência etnográfica: Antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Deleuze, G., & Guattari, F. (2012). O Anti-Édipo: Capitalismo e esquizofrenia 1. São Paulo: Editora 34.

Ellenberger, H. F. (1970). The discovery of the unconscious: The history and evolution of dynamic psychiatry. New York: Basic Books.

Etchegoyen, H. R. (1987). Fundamentos da técnica psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas.

Federn, P. (1952). Ego Psychology and the psychoses. New York: Basic Books.

Ferenczi, S. (1992a). Elasticidade da técnica psicanalítica. In Obras completas(Vol. 4). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1928)

Ferenczi, S. (1992b) Confusão de línguas entre os adultos e a criança. In Obras completas (Vol. 4). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1933)

Freud, S. (1975a). Fragmento da análise de um caso de histeria.In J. Strachey (Ed. & Trad.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 7). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1905)

Freud, S. (1975b). Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia (dementia paranoides). In J. Strachey (Ed. & Trad.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 12). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1911)

Freud, S. (1975c). A dinâmica da transferência. In J. Strachey (Ed. & Trad.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 12). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1912)

Freud, S. (1975d). A história do movimento psicanalítico. In J. Strachey. (Ed. & Trad.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud(Vol. 14). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1914)

Freud, S. (2009). Cartas entre Freud & Pfister (1909-1939): Um diálogo entre a psicanálise e a fé cristã. Viçosa: Ultimato.

Freud, S. (2017). Sobre a psicoterapia. In Fundamentos da clínica psicanalítica. Belo Horizonte: Autêntica. (Original publicado em 1905)

Gay, P. (2012). Freud: Uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras.

Jung, C. G. (1995). Símbolos na transformação: Análise dos prelúdios de uma esquizofrenia. In Obras completas de C. G. Jung (Vol. 5). Petrópolis: Vozes. (Original publicado em 1952)

Kafka, F. (1998). O veredicto/A colônia penal. São Paulo: Companhia das Letras.

Klein, M. (1948). Contributions to psycho-analysis, 1921-1945. London: The Hogarth Press.

Kohut, H. (1988). Análise do self. Rio de Janeiro: Imago.

Lacan, J. (1998). Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Original publicado em 1966)

Loparic, Z. (1997). Winnicott: Uma psicanálise não-edipiana. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 4(2), 375-388.

Mezan, R. (1996). Psicanálise e psicoterapias. Estudos Avançados, 10(27), 95-108.

Ogden, T. (1997). Rêverie e interpretação: Captando algo humano. São Paulo: Escuta.

Reich, W. (1995). Análise do caráter. São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1933)

Roazen, P. (1973). Irmão animal: A história de Freud e Tausk. São Paulo: Brasiliense.

Roazen, P. (1978). Freud e seus discípulos. São Paulo: Cultrix.

Roazen, P. (1999). Como Freud trabalhava. São Paulo: Companhia das Letras.

Roudinesco, E. (2016). Sigmund Freud: Na sua época e em nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras.

Schorske, C. E. (1988). Viena fin-de-siècle: Política e cultura. São Paulo: Companhia das Letras.

Searles, H. F. (2005). Transference psychosis in the psychotherapy of schizophrenia. In Collected papers on schizophrenia and related subjects. London: Karnac. (Original publicado em 1963)

Shamdasani, S., & Borch-Jacobsen, M. (2014). Os arquivos Freud: Uma investigação acerca da história da psicanálise. São Paulo: Editora Unesp.

Silva, M. R., Campezatto, P. M. (2015). Psicanálise e psicoterapia psicanalítica: Tangências e superposições. Revista Psicologia e Saúde, 7(1), 39-46.

Sulloway, F. J. (1979). Freud, biologist of the mind: Beyond the psychoanalytic legend. New York: Basic Books.

Tausk, V. (1990). Da gênese do “aparelho de influenciar” no curso da esquizofrenia. In J. Birman (Org.), Tausk e o aparelho de influenciar na psicose. São Paulo: Escuta. (Original publicado em 1919)

Tenório, F. (2016). Psicose e esquizofrenia: Efeitos das mudanças nas classificações psiquiátricas sobre a abordagem clínica e teórica das doenças mentais. História, Ciências, Saúde, 23(4), 941-963.

Torok, M., & Rand, N. (1997). Questions for Freud: The secret history of psychoanalysis. Cambridge: Harvard University Press.

White, H. (1994). Trópicos do discurso: Ensaios sobre a crítica da cultura. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

Young-Bruehl, E., & Schwartz, M. (2013). Why psychoanalysis has no history? In E. Young-Bruehl (Org.), The clinic and the context: Historical essays. London: Karnac.