O contemporâneo na função analítica
medo e paixão
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v17i1.547Palavras-chave:
Contemporâneo, Função analítica, Medo, Paixão, Princípios Éticos da IPA, Totem e tabuResumo
Situando Totem e tabu como um trabalho de Freud com abrangência contemporânea, as autoras indagam-se sobre o sentido de estarem explicitadas na Relação de Membros da Febrapsi, sob o título Princípios Éticos da IPA, as proibições totêmicas. Consideram que analista e analisando, ao desenvolverem o processo analítico, entram num terreno escorregadio onde são mobilizados medos e paixões. O risco de transgressão da regra de abstinência envolve a dupla e requer que a interdição e a lei sejam reinstaladas constantemente. Diferenciam amor de transferência e transferência passional. Enfatizam que vivências de desamparo do analista e a não elaboração de dimensões narcísicas e edípicas de sua sexualidade infantil podem dificultar ou impedir a manutenção do enquadre interno e externo, necessários para assegurar a função analítica e o trabalho analítico.
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