Sob o céu de querubins
uma ideia sobre liberdade psíquica
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v19i2.639Palavras-chave:
Arte, Liberdade psíquica, PsicanáliseResumo
Nascemos no desamparo e na necessidade completa do outro, mas também com disposição de nos constituirmos como nós mesmos. Se nada der muito errado lá chegaremos, mas se atropelados formos, a continuidade de ser é prejudicada. Tornamonos mais reféns das relações práticas, e menos presenteados pelo descanso libertador de sermos o que somos. A questão é que a busca pela liberdade psíquica é carregada de ambiguidade para o ser humano: atrai, pois justamente oferece a chance de protagonizar a sua vida, mas também afugenta, pois responsabiliza, desilude, desampara. A autora propõe o conceito de liberdade psíquica suficientemente alcançável e o aponta como principal bússola na mente do analista para ajudar o paciente a se resgatar/construir enquanto ativo na sua subjetividade. Utiliza, ao longo do trabalho, a arte (um documentário chamado O céu de querubins) e uma vinheta de material clínico para auxiliar a figurar suas ideias a este respeito.
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