Sobre o porquê da pulsão de morte, na obra de Freud e na psicanálise

Autores

  • Luiz Marcírio Machado Sociedade Psicanalítica de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v22i1.727

Palavras-chave:

Metapsicologia, Princípio de constância, Princípio de Nirvana, Princípio de prazer, Processo primário, Processo secundário, Pulsão, Sexualidade, Tópicas

Resumo

O autor analisa as razões que justificaram o texto Além do princípio de prazer, no qual Freud introduziu a sua “segunda teoria das pulsões” e que serviu para a mudança em direção a uma “segunda tópica”, a chamada “viragem dos anos vinte”. Discorrendo sobre vários textos freudianos, procurou demonstrar que Freud sempre buscou construir uma teoria dualista e dinâmica das forças pulsionais e que culminou no referido texto de 1920, na proposta de uma pulsão de morte em oposição às pulsões vitais reunidas em Eros. Tal proposta, que não teve unanimidade entre analistas do próprio entorno de Freud, foi motivada por razões de ordens teóricas, clínicas, filosóficas e históricas, e originaram posições distintas nas escolas psicanalíticas que cresceram após o referido texto.

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Biografia do Autor

Luiz Marcírio Machado, Sociedade Psicanalítica de Pelotas

Membro titular didata da Sociedade Psicanalítica de Pelotas. Membro pleno da Associação Psicanalítica Sigmund Freud de Porto Alegre. Membro do Board Latino-americano para o Estudo da Obra de Donald Winnicott. Membro convidado da SBPdePA

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Publicado

05.01.2020

Como Citar

Machado, L. M. (2020). Sobre o porquê da pulsão de morte, na obra de Freud e na psicanálise. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 22(1), 59–73. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v22i1.727

Edição

Seção

Artigos Temáticos – 100 anos de Além do Princípio do Prazer