Os desafios da clínica: há 50 anos e hoje

Gley P. Costa

doi:10.60106/rsbppa.v22i1.734

Autores

Gley P. Costa Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v22i1.734

Palavras-chave:

Enquadre interno, Modelos psicanalíticos, Mudança psíquica, Patologias representadas e não representadas, Psicanálise contemporânea

Resumo

O autor, que é membro fundador da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre e realizou sua formação psicanalítica nos anos setenta na Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, enfatiza, neste trabalho, as diferenças nos desafios da clínica há 50 anos e no período atual, marcado pelo predomínio de problemáticas narcísicas, depressões e fenômenos limítrofes, que se mesclam ou se associam às patologias neuróticas da psicanálise tradicional. Como contribuição ao tema, propõe o modelo do palco para entender um largo espectro de patologias que vão além das resultantes da repressão, cujo tratamento visa restabelecer as funções egoicas que confiram ligação à pulsão, criando representações do objeto e do conflito no caminho da simbolização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gley P. Costa, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Médico psiquiatra e psicanalista. Membro fundador, efetivo e didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre. Professor da Fundação Universitária Mário Martins

Referências

Baranger, W., & Baranger, M. (1969). Problemas del campo psicanalítico. Buenos Aires: Kargieman.

Bion, W. (1966). Aprendiendo de la experiencia. Buenos Aires: Paidós. (Original publicado em 1962)

Bion, W. (1966). Os elementos da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar Editores. (Original publicado em 1963)

Bion, W (1987). Clinical seminars. In W. Bion, Clinical seminars and other works. Londres: Karnak.

Bollas, C. (1992). Forças do destino: Psicanálise e idioma humano. Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1989)

Costa, G. P. (2013). Mudança psíquica à luz do pensamento clínico contemporâneo. Revista Brasileira de Psicanálise, 47(2), 98-108.

Coderch, J. (2006). Pluralidad y diálogo en psicoanálisis. Barcelona: Herder.

Derrida, J. (2004). Desconstruindo o terrorismo. In G. Borradoni, Filosofia em tempo de terrorismo: Diálogos com Habermas e Derrida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Faimberg, H. (2001). Gerações: Mal-entendido e verdades históricas. Porto Alegre: Criação Humana.

Freud, S. (1972). Interpretação dos sonhos. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vols. 4 e 5). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1900). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1900)

Freud, S. (1976a). Sobre a psicoterapia. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 7). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1905)

Freud, S. (1976b). A dinâmica da transferência. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 12). Rio de Janeiro: Imago, 1976. (Original publicado em 1912)

Freud, S. (1976c). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 12). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1912)

Freud, S. (1976d). Uma nota sobre o inconsciente na psicanálise. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 12). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1912)

Freud, S. (1976e). Sobre o início do tratamento. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 12). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1913)

Freud, S. (1976f). O inconsciente. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 14). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1915)

Freud, S. (1976g). História de uma neurose infantil. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 17). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1918)

Freud, S. (1976h). Psicologia de grupo e a análise do ego. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 18). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1921)

Freud, S. (1976i). O ego e o id. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 19). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1923)

Freud, S. (1976j). O mal estar na civilização. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 21). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1930)

Freud, S. (1976k). Construções em psicanálise. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 23). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1937)

Freud, S. (1977). Projeto para uma psicologia cientíﬁca. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 1). Rio de Janeiro: Imago, 1977. (Original publicado em 1950)

Green, A. (1986). The analyst, symbolization and the absence in the analytic setting. On private madness. Londres: The Hogarth Press. (Original publicado em 1975)

Green, A, (2012). A clínica contemporânea e o enquadre interno do analista. Revista Brasileira de Psicanálise, 46(3), 215-225.

Heimann, P. (1975). “Cumulative trauma” to the privacy of the Self: A critical review of M. Masud R. Khan’s book. International Journal of Psycho-Analysis, 56, 465-476.

Holt, R. (1981). The death and transﬁguration of metapsychology. International Review of Psycho-Analysis, 8, 129-144.

Kohut, H. (1988). Análise do self. Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1971)

Kuhn, T. (1962). The structure of scientific revolutions. Chicago: Univ. of Chicago Press.

Labarthe, C. (2012). El encuadre interno del analista. Revista Psicoanálisis: Publicación de la Sociedad Peruana de Psicoanálisis, 10, 89-104.

Levinas, E. (1988). Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70. (Original publicado em 1961)

McDougall, J. (1987a). Em defesa de uma certa anormalidade: Teoria e clínica psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. (Original publicado em 1978)

McDougall, J. (1987b). Teatros de la mente: Ilusión y verdad en el escenario psicoanalítico. Madri: Tecnipublicaciones.

Moresco, M. (2011). Real, simbólico, imaginário: Una introducción. Buenos Aires: Letra Viva.

Nosek, L. (2009). Corpo e inﬁnito: notas para uma teoria da genitalidade. In 46º Congresso da IPA, Chicago.

Ogden, T. (1989). La matriz de la mente: las relaciones de objeto y el diálogo psicoanalítico. Madri: Tecnipublicaciones. (Original publicado em 1986)

Ogden, T. (2006). Os sujeitos da psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo. (Original publicado em 2004)

Ogden, T. (2012). Sobre três formas de pensar: o pensamento mágico, o pensamento onírico e o pensamento transformativo. Revista Brasileira de Psicanálise. 46(2), 193-214.

Puget, J. (2009). Experiencia clínica vincular y sus presupuestos. In 2º Encontro do Comitê Latino-Americano de Família e Casal, São Paulo.

Rolland, J. C. (2001). Le discours interne. In C. Botella (ed.), Penser les limits. Geneve: Delachaux & Niestlé.

Tebaldi, R. (2012). Sobre a crise da psicanálise e a clínica dos limites: Alguns avanços. Trabalho apresentado no 29º Congresso Latino-Americano da FEPAL, São Paulo.

Tustin, F. (1981). Estados autistas em crianças. Rio de Janeiro: Imago, 1984.

Urribarri, F. (2012). O pensamento clínico contemporâneo. Revista Brasileira de Psicanálise, 46(3), 47-64.

Winnicott, D. (1975). Objetos e fenômenos transicionais. In O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1951)