Limite entre o hábito e o vício
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v25i2.867Palavras-chave:
Ação específica, Ato e pensamento, Desamparo e despreparo, Hábito, Limites, Psicanálise, VícioResumo
Freud, no Mal estar na civilização, em reflexões de 1930, descreve três fontes do penar humano: a potência da natureza; a impotência humana nos limites do corpo e na fragilidade; e a insuficiência de normas para regular os vínculos recíprocos, nas famílias, no estado, na sociedade. São efeitos que, com o aleatório, compõem forte desafio frente a essas inquietantes estranhezas do viver humano. As urgências fazem os humanos temerários nos caminhos para o enfrentamento do desamparo e do despreparo.
Quando construímos alcançamos transformações. Freud estudou os fundamentos da Cultura, que descreve como um reflexo, em escala maior, dos conflitos existentes nos indivíduos. Justo ou injusto, a cultura recorre à coerção para impor suas normas e, nesta tarefa, alcança a meta razoavelmente bem. Para o acervo psíquico da cultura, os ideais são valiosos, é o sagrado que não se profana. Assim como valiosas são as ideias e pensamentos, pois é quando os argumentos prevalecem sobre as intensidades e as paixões.
Da filogênese na direção da ontogênese, os humanos desenvolveram criativamente a repetição, e hoje são capazes de pensar, de ler ou de escrever poesias. Capacidade, para substituir o ato, uma ação específica por ideias, pensamentos, elaborações, é a diferença entre a perspectiva primitiva da origem e a complexidade da evolução civilizatória.
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