O fio de Ariadne

de Winnicott a Ferenczi

Autores

  • Eliana Rache Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v7i1.172

Palavras-chave:

Trauma, Transmissão, Transgeracional, Psicopatologia Atual, Narcisismo

Resumo

O título deste trabalho nos convida a agarrar o fio de Ariadne, partindo de Winnicott, para ver se chegamos a Ferenczi, através do labirinto das diferentes teorias. A autora pretende trabalhar a relação destes dois autores – Winnicott e Ferenczi – através de dois eixos principais: (1) a questão da transmissão; (2) a atualidade da clínica de Winnicott e Ferenczi nas patologias da contemporaneidade. A primeira parte do trabalho tenta explicar a maneira pela qual Ferenczi acha-se tão presente no trabalho de Winnicott, se nunca tiveram contato e se a obra sobre a qual Winnicott se vale é a dos últimos tempos de Ferenczi, aquela que se encontrava no Index da psicanálise, portanto, não acessível. Na segunda parte do trabalho, o foco de atenção dirige-se para as patologias narcísicas (contemporaneidade): borderline, doenças psicossomáticas, psicoses, adições e tendências anti-sociais, que marcam o trabalho de Winnicott e já haviam sido tratadas anteriormente por Ferenczi.

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Biografia do Autor

Eliana Rache, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Membro da Associação Psicanalítica Argentina; Analista de crianças da Associação Psicanalítica Argentina; Membro Fundador do Centro de Psicanálise de Campinas.

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Publicado

10.07.2005

Como Citar

Rache, E. (2005). O fio de Ariadne: de Winnicott a Ferenczi. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 7(1), 61–82. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v7i1.172

Edição

Seção

Artigos/Ensaios/Reflexões