A mãe como objeto transformacional

um trabalho analítico com a díade mãe-filha

Autores

  • Sara M. Flores Sociedade Peruana de Psicanálise

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v7i1.179

Palavras-chave:

Relação Mãe-Filha, Objeto, Transformações

Resumo

O trabalho analítico com a díade mãe-filha se desenvolve dentro de um espaço potencial. É aí onde se visualiza o vínculo, facilitando o encontro e levando ambos ao reconhecimento mútuo de cada individualidade. Como diz Bollas (1989, p.129): “Criar uma área intemediária de vivências, sustentar sua existência e, através de um interjogo continuado, instalar, a partir de uma experiência, um equivalente intrapsíquico de um vivenciar intermediário”. O caso que apresento neste trabalho analítico é o de uma mãe com sua filha adolescente de 13 anos. Havendo adotado a filha aos seis meses de idade, ambas percorrem um caminho mútuo de adaptação. O desencontro surge na adolescência, quando tentam melhorar a conduta da adolescente quanto à sua socialização. Apresento uma sessão na qual uma recordação da mãe surge como objeto evocador de uma experiência traumática na primeira infância da filha. Não pretendo elaborar as vicissitudes do processo de adoção, pois seria tema de outro estudo, e sim remarcar a importância do trabalho diádico na solução de uma conflitiva. Tomando como base a elaboração teórica de Bollas, dou interpretação ao processo que ainda continua entre ambas.

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Biografia do Autor

Sara M. Flores, Sociedade Peruana de Psicanálise

Membro Titular da Sociedade Peruana de Psicanálise.

Referências

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Publicado

10.07.2005

Como Citar

Flores, S. M. (2005). A mãe como objeto transformacional: um trabalho analítico com a díade mãe-filha. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 7(1), 171–182. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v7i1.179

Edição

Seção

Artigos/Ensaios/Reflexões