O prazer perverso nos descaminhos da destrutividade
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v3i2.64Palavras-chave:
Prazer perverso, Fusão e desfusão pulsional, Economia pulsional, Forças de autoconservação, Pulsão de morte, Autodestrutividade primitiva, Tirania interna, Atuações limítrofes, Atuações transferenciais, Self amoroso, cooperador, Self narcisista, destrutivoResumo
O autor apresenta uma abordagem realçada por Freud em alguns trabalhos para a compreensão teórica e aproximação terapêutica de patologias graves como narcisistas, borderline e psicóticas. Em 1920, 1923, 1933, 1937 e 1938, Freud apontou a importância de valorizar o fenômeno da fusão e desfusão pulsional para a compreensão de algumas patologias graves. A desfusão provoca uma alteração na operatividade das forças de autoconservação, nas relações internas do self e com os objetos. A inversão das forças de autoconservação se observa no suicida, no melancólico, nos quadros de severa reação terapêutica negativa e graves perturbações psicossomáticas. A pulsão de morte representada pela destrutividade quando desfusionada de Eros leva a atuações limítrofes. A Psicanálise é apresentada como um recurso heróico no tratamento destas perturbações. O material clínico refere-se a um paciente gravemente enfermo, cujas atuações extremas eram um verdadeiro flerte com a morte. A transferência destes pacientes é sempre muito perturbada e a contratransferência sobrecarregada. Uma atitude de tolerância, paciência, empatia e confiança no trabalho psicanalítico é fundamental na pessoa do analista.
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Referências
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