Autolesão na adolescência
transbordar da dor na pele
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v21i2.707Palavras-chave:
Adolescência, Autolesão, Pele, DesamparoResumo
Neste trabalho, as autoras aprofundam o tema da autolesão, especialmente no período da adolescência. Entende-se que da puberdade (mudança física) se segue a adolescência (mudança psíquica) e que ambas impactam o psiquismo, reativando sensações de desamparo, bem como traumatismos iniciais do desenvolvimento. A pele, envoltório libidinizado, pode ser o palco de marcas que buscam dar significado a essas vivências. A autolesão, nessa perspectiva, mesmo que busque um apaziguamento das pulsões, pode ser entendida como comunicação. Preconiza-se que o psicanalista compreenda as vicissitudes dessa etapa do desenvolvimento, a fim de acolher e dar significado à dor que transborda na pele do adolescente. A fim de ilustrar a vivência da autolesão, utiliza-se passagens do romance 100 mil seguidores, do autor Luís Dill.
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