Autolesão na adolescência

transbordar da dor na pele

Autores

  • Aline Santos e Silva Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
  • Vládia Zenkner Schmidt ITIPOA

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v21i2.707

Palavras-chave:

Adolescência, Autolesão, Pele, Desamparo

Resumo

Neste trabalho, as autoras aprofundam o tema da autolesão, especialmente no período da adolescência. Entende-se que da puberdade (mudança física) se segue a adolescência (mudança psíquica) e que ambas impactam o psiquismo, reativando sensações de desamparo, bem como traumatismos iniciais do desenvolvimento. A pele, envoltório libidinizado, pode ser o palco de marcas que buscam dar significado a essas vivências. A autolesão, nessa perspectiva, mesmo que busque um apaziguamento das pulsões, pode ser entendida como comunicação. Preconiza-se que o psicanalista compreenda as vicissitudes dessa etapa do desenvolvimento, a fim de acolher e dar significado à dor que transborda na pele do adolescente. A fim de ilustrar a vivência da autolesão, utiliza-se passagens do romance 100 mil seguidores, do autor Luís Dill.

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Biografia do Autor

Aline Santos e Silva, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga, Docente e Supervisora do Instituto de Terapias Integradas de Porto Alegre (ITIPOA), Membro do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Vládia Zenkner Schmidt, ITIPOA

Psicóloga, Mestre em Educação UFSM, Docente do Instituto de Terapias Integradas de Porto Alegre (ITIPOA), Docente do Curso de Graduação em Psicologia FADERGS.

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Publicado

06.07.2019

Como Citar

Silva, A. S. e, & Schmidt, V. Z. (2019). Autolesão na adolescência: transbordar da dor na pele. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 21(2), 17–28. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v21i2.707

Edição

Seção

Artigos Temáticos – Desejo, Dor, Pensamento