O trabalho de atravessar juntos: como nasce um bebê?

Aline Santos e Silva; Giuliana Chiapin; Juliana Corte Vitória; Siana Pessin Cerri

doi:10.60106/rsbppa.v24i1.805

Autores

Aline Santos e Silva Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
Giuliana Chiapin Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
Juliana Corte Vitória Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
Siana Pessin Cerri Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v24i1.805

Palavras-chave:

Constituição psíquica, Escuta, Nascimento do eu, Técnica psicanalítica

Resumo

A partir de uma vinheta clínica, as autoras discorrem sobre a técnica de “atravessar junto” com os pacientes que apresentam profundas falhas em sua constituição psíquica. Discute-se o papel do psicanalista nessa relação, que seria o de, a partir da narratividade, criar novos significados para o analisando através de uma vivência transferencial que ofereça e sustente presença e alteridade. Essas duas posições articuladas constroem a base em que se sustentam os nascimentos que alguém pode vir a experimentar para ser. A presença do psicanalista que atravessa junto com o paciente seu processo possibilita ao EU nascer e renascer tantas vezes quanto necessárias. À função analítica, ancorada na escuta do mais primitivo do paciente, cabe permitir que o outro advenha para além de si, um saber que transmite que podemos atravessar juntos somente à medida que não nos sentimos ameaçados pela presença do outro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aline Santos e Silva, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga, Docente ITI PoA, Membro do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Giuliana Chiapin, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga, Membro do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Juliana Corte Vitória, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga, Psicanalista, Membro do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Siana Pessin Cerri, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga, Membro do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Referências

Brun, A. (2018). A escuta das formas primárias de simbolização no trabalho analítico. Revista Brasileira de Psicanálise, 52(2), 35-53.

Chiapin, G. (2021). Mesa Redonda: Três pontos de vista sobre a psicanálise infantil. Constructo Revista de Psicanálise, 6.

Ferenczi, S. (1992a). Análise de crianças com adultos. In Obras completas: Psicanálise (Vol. 4, Cap. 7). São Paulo: Martins Fontes.

Ferenczi, S. (1992b). Confusão de línguas entre os adultos e a criança. In Obras completas: Psicanálise (Vol. 4, Cap. 9). São Paulo: Martins Fontes.

Frank, A. (1990). O analista como biógrafo: Transferência e reconstrução na mudança psíquica. Revista Brasileira de Psicanálise, 24(3), 327-334.

Guerra, V. (2017). O ritmo, a musicalidade comunicativa e a lei materna na artesania da subjetivação humana. Publicação Ceapia – Revista de Psicoterapia da Infância e da Adolescência, 26, 8-21.

Nasio, J-D. (2001). Como trabalha o psicanalista hoje. Conferência apresentada em Nasio no CEP, Porto Alegre.

Reik, T. (1948). O terceiro ouvido (E. Enck, Trad.). In Listening with the third ear: The inner experience of a psychoanalyst (Cap. 15). New York: Farrar, Straus & Co.

Roussillon, R. (2012). O encontro humano e o encontro clínico. In Manual da prática em psicologia e psicopatologia (Cap. 2). São Paulo: Blucher.

Roussillon, R. (2015). La dialéctica presencia-ausencia: Para una metapsicología de la presencia. Revista de la Sociedad Argentina de Psicoanálisis, 19, 93-116.

Speziale-Bagliacca, R. (1990). A capacidade de conter: Anotações sobre o seu funcionamento na mudança psíquica. Revista Brasileira de Psicanálise, 24(3), 315-325.