Um lápis, uma mãe, dar-se uma luva e constituir-se sujeito

a torção no movimento pulsional do masoquismo feminino

Autores

  • Morgana Mengue Saft Tarragó Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v26i1.880

Palavras-chave:

Escrita criativa, Feminino, Masoquismo

Resumo

Este trabalho tem como objetivo repensar o conceito de Masoquismo Feminino, proposto por Freud, em 1924. Para tanto, parte-se de uma breve revisão dos conceitos de Complexo de Édipo e de Feminilidade, propostos pelo autor, ao longo da sua teoria. A escrita, que requer um retorno ao narcisismo, é trazida como hipótese que serve de modelo para pensar o processo criativo requerido na construção do feminino e que tem como base a bissexualidade constitucional. Neste sentido, busca-se questionar o masoquismo feminino, no que tange ao reconhecimento da diferença sexual restrito ao fálico-castrado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Morgana Mengue Saft Tarragó, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicanalista. Membro Efetivo do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre. Membro do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Referências

Aisenstein, M. (2019). Dor e pensamento: psicossomática contemporânea. Dublinense.

Almeida, M., & Tarragó, M. (2018). Édipo feminino: Uma variante do Mito ou a especificidade no destino da sexualidade feminina? Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, 7(1), 39-44.

Andre, S. (1998). Uma menina e sua mãe. In O que quer uma mulher? (pp. 170-188). Jorge Zahar Editor.

Andreas-Salomé, L. (2022). Sobre o tipo feminino. In Sobre o tipo feminino e outros textos (R. Mundt, Trad., pp. 133-160). Blucher. (Trabalho original publicado em 1914)

Bleichmar, E. (1988). O feminino espontâneo da histeria. Artes Médicas.

Bonaparte, M. (2022). Sexualidade feminina: Contribuições à psicanálise. (S. Dagir, & F. Belo, Trads.). Zagodoni.

Freud, S. (1996a). Carta 52. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 1, pp. 281-287). Imago. (Trabalho original publicado em 1950)

Freud, S. (1996b). Projeto para uma psicologia científica. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 1, pp. 347-443). Imago. (Trabalho original publicado em 1950)

Freud, S. (1996c). O ‘estranho’. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 17, pp. 235-269). Imago. (Trabalho original publicado em 1919)

Freud, S. (1996d). A dissolução do Complexo de Édipo. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 19, pp. 191-202). Imago. (Trabalho original publicado em 1924)

Freud, S. (1996e). Inibição, sintoma e ansiedade. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 20, pp. 81-174). Imago. (Trabalho original publicado em 1926)

Freud, S. (1996f ). Sexualidade feminina. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 21, pp.231-254). Imago. (Trabalho original publicado em 1931)

Freud, S. (1996g). Feminilidade. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 22, pp. 113-134). Imago. (Trabalho original publicado em 1933)

Freud, S. (2007). O Eu e o Id. In Escritos sobre a psicologia do inconsciente (Vol. 3, pp. 13-92). Imago. (Trabalho original publicado em 1923)

Freud, S. (2016). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In Obras completas: Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma histeria (O caso Dora) e outros textos (Vol. 6). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1905)

Freud, S. (2017a). Manuscrito inédito de 1931 (E. Susemihl, Trad). Blucher.

Freud, S. (2017b). O problema econômico do masoquismo. In Neurose, psicose, perversão (pp. 287-304). Autêntica. (Trabalho original publicado em 1924)

Green, A. (1988). Narcisismo de vida, narcisismo de morte. Escuta

Horney, K. (1991). A fuga da feminilidade. In Psicologia feminina. (T. Rodrigues, Trad., pp. 51-66). Ed. Bertrand. (Trabalho original publicado em 1926)

Paim, I., & Quadros, V. (2008). A guerra e o repúdio ao feminino: Tróia como Paradigma. Revista Brasileira de Psicanálise, 42(4), 99-10.

Rosa, C. T. (2023). As pioneiras da psicanálise. Artes & Ecos.

Rosa, C. T., & Weinmann, A. O. (2020). A sexualidade feminina em escritos das pioneiras da psicanálise. Revista Subjetividades, 20(3). http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20i3.e9499

Rosenberg, B. (2003). Masoquismo mortífero e masoquismo guardião da vida. Escuta.

Silva, A. P. (2016). A puberdade no feminino. In Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre: Sexualidade (pp. 245-269). Evangraf.

Tarragó, M. (2021). Ode ao masoquismo erógeno primário. In Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre: Pulsão de Morte: A inegável existência do Mal (pp. 373-397). Evangraf.

Valls, L. (2009). Diccionario freudiano. Gaby Ediciones.

Zak Goldstein, R. (2000) Erótica: Um estudo psicanalítico da sexualidade feminina. Criação Humana.

Downloads

Publicado

16.08.2024

Como Citar

Tarragó, M. M. S. (2024). Um lápis, uma mãe, dar-se uma luva e constituir-se sujeito: a torção no movimento pulsional do masoquismo feminino. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 26(1), 29–43. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v26i1.880

Edição

Seção

Artigos Temáticos – Masoquismo