O sintoma, uma via no diálogo entre as teorias de gênero e a psicanálise
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v27i1.917Palavras-chave:
Estudos do gênero, Gozo, Psicanálise, Psicanálise trans, SintomaResumo
Esboçaremos um panorama das contribuições pós-lacanianas que exploram as confluências e as divergências entre teorias queer e psicanálise contemporânea. Nosso percurso visa — com Lacan — superar a universalidade normativa da estrutura edipiana e o binarismo hierarquizante da diferença sexual, para avançar em direção a uma concepção mais nuançada, na qual a contingência e a singularidade prevalecem. Mostraremos como, através da tensão produtiva entre as abordagens butleriana e lacaniana, sem reduzir uma abordagem à outra, nem confundir seus registros epistemológicos distintos, o sintoma aparece não como formação a eliminar, mas como criação subjetiva a transformar. O “sintoma trans-formado” emerge assim como operador clínico que permite pensar a articulação entre corpo, gozo e linguagem.
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