Matou o pai e foi ao cinema

um estudo intersubjetivo sobre o parricídio

Autores/as

  • Daniela Berger
  • Rodrigo Luís Bispo Souza

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v16i2.531

Palabras clave:

Intersubjetividade, Parricídio, Psicanálise vincular

Resumen

O objetivo deste trabalho é propor a releitura do parricídio a partir da perspectiva intersubjetiva, priorizando o estudo da teoria psicanalítica das configurações vinculares. Compreende- se o fenômeno do parricídio como resultado de um processo complexo, que transpõe o modelo edípico e incide sobre famílias severamente disfuncionais e com maltrato crônico, postuladas como conjeturas diagnósticas psicóticas. A fim de ilustrar a teoria, este trabalho faz aproximações com o caso clínico de uma família parricida, mostrando as articulações teórico-clínicas existentes. O presente estudo visa colaborar com um avanço no pensamento psicanalítico sobre a temática e suscitar indagações que possam propor mais estudos sobre a perspectiva intersubjetiva do parricídio a fim de expandir, atualizar e dinamizar os escritos sobre as conjeturas psicopatológicas vinculares.

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Biografía del autor/a

Daniela Berger

Psicóloga. Especialista em Psicoterapia Psicanalítica de Adultos. Especialista em Psicoterapia das Configurações Vinculares pelo Contemporâneo Instituto de Psicanálise e Transdisciplinaridade.

Rodrigo Luís Bispo Souza

Psicólogo. Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Especializando em Psicoterapia Piscanalítica de Adultos.

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Publicado

2014-07-02

Cómo citar

Berger, D., & Souza, R. L. B. (2014). Matou o pai e foi ao cinema: um estudo intersubjetivo sobre o parricídio. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 16(2), 267–282. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v16i2.531

Número

Sección

Trabalhos Temáticos – Parentalidade