Ferida aberta

descolonizando o Eu

Autores

  • Augusta Gerchman Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
  • Luciano Dias Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos - Rio

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v24i1.810

Palavras-chave:

Colonização, Decolonização, Eu, Psicanálise, Raça

Resumo

Este trabalho demarca a formulação psicanalítica do Eu em relação de báscula que interliga colonização e descolonização. Tal movimento nos interessa para indicar um maior comprometimento do discurso psicanalítico com a empreitada decolonial. Se a lógica colonial é perpetuada por intermédio da categoria de raça, a recusa em nomear a incidência dessa categoria na montagem do Eu fortalece os termos da presença colonial nesse discurso.

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Biografia do Autor

Augusta Gerchman, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga, Psicanalista, Membro Titular em função didática pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Luciano Dias, Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos - Rio

Psicanalista, membro do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos - Rio; Pós-doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – PPGPSI/UFRRJ; Pesquisador Bolsista pelo Programa Nacional de Pós-doutorado – PND/CAPES.

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Publicado

25.07.2022

Como Citar

Gerchman, A., & Dias, L. (2022). Ferida aberta: descolonizando o Eu. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 24(1), 57–65. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v24i1.810

Edição

Seção

Artigos Temáticos – O nascimento do Eu