As possibilidades de trabalho em instituições de acolhimento institucional para crianças e adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v27i1.919Palavras-chave:
Adolescentes, Crianças, Psicanálise, Serviços de Acolhimento, SubjetivaçãoResumo
O presente trabalho propõe pensar o fazer do psicólogo nos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes, no que concerne às possibilidades em torno da subjetivação, uma representativa particular de cada um, considerando as experiências de atendimento e acompanhamento a este público. Sugere um fazer que privilegie uma abordagem não-toda dos fenômenos, a escuta do significante, do sujeito do inconsciente, a partir do viés psicanalítico. E a família é tomada como o lugar em que se formula e se reconhece o mito de origem, lugar de alienação fundamental para a qual o sujeito deve se separar a fim de ocupar um lugar de enunciação particular. Pretende-se delinear a especificidade desse público, os desafios jurídicos e institucionais que esses sujeitos são demandados a responder. Será problematizado em que sentido a situação de vulnerabilidade, exclusão, abandono, que perpassa esse público, deixa espaço para o aparecimento subjetivo de cada um.
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