O sonhar e o brincar, simbolismo do mundo interno da criança
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v3i1.50Palavras-chave:
Simbolismo, Sonho, BrincarResumo
Este trabalho apresenta como os sonhos, por natureza própria, despertam aspectos lúdicos. Seus simbolismos e significados não são inerentes, mas temos que atribuí-los ao sonhador, que, com ou sem ajuda de seu intérprete, se interessará pela sua elaboração, direcionada ao autoconhecimento. No contexto da análise infantil, propõe-se ir além da mera realização de desejos. Dá-se importância ao sonho como material de brincadeira dentro do contexto terapêutico, chegando a novas perspectivas organizacionais da economia libidinal, a novos esquemas representacionais e à facilitação do processo analítico, com a conquista do prazer.
Para compreender o anterior, são consideradas implicações lingüísticas e extralingüísticas. Explicam-se as imagens como matéria-prima para a elaboração no terreno extralingüístico, e a palavra, no lingüístico. Este processo de expressão simbólica dá-se de idêntica e paralela maneira, tanto no sonhar, quanto no brincar.
A imagem tem uma sobredeterminação, no sentido do ilimitado de seu simbolismo, de tal maneira que a criança que sonha poderá, com seu sonho, assim como com sua brincadeira, viver seu drama pessoal, refletindo, sem intencionalidade, sem temporalidade, nem seqüência organizada, o mais inconsciente de seu mundo interno. Concluímos com diferentes tipos de sonhos que as crianças têm, além de duas vinhetas que exemplificam sua utilidade analítica. O sonho, como a brincadeira, é construído em um espaço de uma única pessoa, e, portanto, o domínio está naquele que brinca e naquele que sonha no que se refere às primeiras tentativas de associações auto-interpretativas.
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