On the impossible separation between the psychic and the social in psychoanalysis

Authors

  • Paula Gruman Universidade Paris Cité

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v27i1.911

Keywords:

Analytic listening, Decoloniality, Gender, Normativity, Psychoanalysis, Race

Abstract

In this article, the author explores the possibility of a dialogue between psychoanalysis and feminist, decolonial, gender and anti-racist theories, arguing that integrating these theoretical contributions into psychoanalysis does not decharacterize its epistemology or its clinic. The notion of a “pure” psychoanalysis is challenged, since the social norms of gender and race necessarily underlie all listening and theory. Denying the existence of these normative dimensions risks pathologizing subjects and reproducing oppression even within the analytical framework. We propose recognizing psychoanalysis as a “situated knowledge”. The emphasis is on the inseparability between the psychic and the social, considering that the norms that divide existences between intelligible and unintelligible gain greater potential to (re)produce abjections when we do not recognize these normativities. We advocate a clinic that welcomes experiences of oppression, recognizing that the social constitutes us and is therefore already intrinsically “inside” the analytical setting.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Paula Gruman, Universidade Paris Cité

Psicóloga, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutora em psicanálise e psicopatologia pela Universidade Paris Cité e mestre em psicanálise e pesquisa interdisciplinar por essa mesma universidade. Pesquisadora nas áreas de psicanálise, gênero e feminismos. Atende em consultório particular em Porto Alegre (RS).

References

Arán, M. (2009). A psicanálise e o dispositivo diferença sexual. Revista Estudos Feministas, 17(3), 653–673. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2009000300002

Ayouch, T. (2015). Da transsexualidade às transidentidades: Psicanálise e gêneros plurais. Percurso, (54), 23–32.

Ayouch, T. (2019). Psicanálise e hibridez: Gênero, colonialidade e subjetivações. Calligraphie.

Ayouch, T. (2022). Raça, interseccionalidade e psicanálise. In J. Stona (Ed.), Relações de gênero e escutas clínicas: Volume II (pp. 19–40). Afirmativa.

Ayouch, T. (2025). A raça no divã. N-1 edições, Editora Devires.

Benjamin, W. (2006). Passagens (R. Tiedemann, Ed.; W. Bolle & O. M. Sobral, Trads.). Editora UFMG. (Obra original publicada em 1982)

Bion, W. R. (1991). Elementos de psicanálise (J. Salomão, Trad.). Imago. (Obra original publicada em 1963)

Bion, W. R. (1993). Atenção e interpretação (F. R. Dolto, Trad.). Imago. (Obra original publicada em 1970)

Butler, J. (2018). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade (R. Aguiar, Trad.). Civilização Brasileira. (Obra original publicada em 1990)

Butler, J. (2023). Corpos que importam: Os limites discursivos do sexo (R. Nascimento & F. V. Netto, Trads.). N-1 Edições. (Obra original publicada em 1993)

Caffé, M. (2018). Norma e subversão na psicanálise: reflexões sobre o Édipo. Percurso, 30(60), 109–116. https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/196

Carneiro, S. (2023). Dispositivo de racialidade: A construção do outro como não ser como fundamento do ser. Companhia das Letras.

Chiland, C. (2005). Problèmes posés aux psychanalystes par les transsexuels. Revue Française de Psychanalyse, 69(2), 563–577. https://doi.org/10.3917/rfp.692.0563

Cunha, E. L. (2016). A psicanálise e o perigo trans (ou: por que psicanalistas têm medo de travestis?). Revista Periódicus, 1(5), 7–22. https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17172

DeLuca, N. (2022, 26 de março). Identitarismo troca conceitos universais por marcas particulares, diz Roudinesco. Folha de São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2022/03/identitarismo-troca-conceitos-universais-por-marcas-particulares-diz-roudinesco.shtml

Foucault, M. (2011). O nascimento da clínica (R. Machado, Trad., 7a ed.). Forense Universitária. (Obra original publicada em 1963)

Foucault, M. (2012). História da sexualidade I: A vontade de saber (M. T. C. Albuquerque & J. A. G. Albuquerque, Trads.). Editora Graal. (Obra original publicada em 1976)

Foucault, M. (2016a). A arqueologia do saber (L. F. Baeta Neves, Trad., 9a ed.). Forense Universitária. (Obra original publicada em 1969)

Foucault, M. (2016b). As palavras e as coisas: Uma arqueologia das ciências humanas (S. T. Muchail, Trad., 11a ed.). Martins Fontes. (Obra original publicada em 1966)

Freud, S. (1974). Totem e tabu. In J. Strachey (Ed.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 13, pp. 11–191, J. Salomão, Trad.). Imago. (Obra original publicada em 1913)

Gagnebin, J. M. (2014). Limiar, aura e rememoração: Ensaios sobre Walter Benjamin. Editora 34.

Gondar, J. (2014). Sexualidades: Fronteiras, limites, limiares. Cadernos de Psicanálise, 36(31), 51–68.

Gonzalez, L. (2019). Racismo e sexismo na cultura brasileira. In H. B. de Hollanda (Ed.), Pensamento feminista: Conceitos fundamentais. Bazar do Tempo. (Obra original publicada em 1984)

Gruman, P. (2020). Le sexe unique, la norme du phallus et l’abjection de la femme chez Freud et Lacan. Recherches en Psychanalyse, 29(1), 74–83. https://doi.org/10.3917/rep2.029.0074.

Haraway, D. (1995). Saberes localizados: A questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7–41. (Obra original publicada em 1988)

Harding, S. G. (1986). The science question in feminism. Cornell University Press.

Kristeva, J. (1980). Pouvoirs de l’horreur: Essai sur l’abjection. Éditions du Seuil.

Lebrun, J.-P. (2009). Un monde sans limite. Érès. https://doi.org/10.3917/eres.lebru.2009.01

Lugones, M. (2019). Rumo a um feminismo decolonial. In H. B. de Hollanda (Ed.), Pensamento feminista: Conceitos fundamentais (pp. 424-451). Bazar do Tempo. (Obra original publicada em 2010)

Martins, P. G. (2021). A norma do falo e a abjeção da mulher na psicanálise. Revista Subjetividades, 21(1). https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v21i1.e10945

Melman, C. (2000). O homem sem gravidade: Gozar a qualquer preço – Entrevistas por Jean Pierre Lebrun (A. S. M. da Silva & D. D. S. Leite, Trads.). Companhia Freudiana.

Miller, J.-A. (2021). Dócil ao trans (T. Prado, Trad.). Lacan Quotidien, 928. https://uqbarwapol.com/wp-content/uploads/2021/04/JAM-DOCILE-AUTRANS-PT.pdf

Montrelay, M. (2013). Propos de Michèle Montrelay sur l’égalité des droits et le mariage pour tous. Mouvement Coût Freudien. https://mouvement-cout-freudien.fr/propos-de-michele-montrelay-sur-legalite-des-droits-et-le-mariage-pour-tous/

Nogueira, I. B. (2021). A cor do inconsciente: Significações do corpo negro. Editora Perspectiva.

Pombo, M. (2018). Crise do patriarcado e função paterna: Um debate atual na psicanálise. Psicologia Clínica, 30(3), 447–470. https://pepsic.bvsalud.org/pdf/pc/v30n3/04.pdf

Santos, B., & Polverel, E. (2016). Procura-se psicanalista segurx. Uma conversa sobre normatividade e escuta analítica. Lacuna: Uma Revista de Psicanálise, (-1), 3. https://revistalacuna.com/2016/05/22/normatividade-e-escuta-analitica/

Spivak, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? (S. R. Almeida, M. P. Feitosa & A. P. Feitosa, Trads.). Editora UFMG. (Obra original publicada em 1985)

Triska, V. H. C. (2020). Pai: Obstáculo epistemológico? Psicologia USP, 31. https://doi.org/10.1590/0103-6564e180206

Vergès, F. (2020). Um feminismo decolonial (J. C. de A. Dala Pria & R. G. Woldemaskel, Trads.). Ubu Editora.

Wittig, M. (2018). O pensamento hétero e outros ensaios (G. L. Louro & L. S. Tvardovskas, Trads.). Autêntica Editora. (Obra original publicada em 1992)

Published

2025-09-18

How to Cite

Gruman, P. (2025). On the impossible separation between the psychic and the social in psychoanalysis. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 27(1), 63–77. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v27i1.911

Issue

Section

Thematic Works – Sexuality