Dualismo pulsional e a constituição do Eu
intrincações teóricas
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v24i1.811Palabras clave:
Constituição do eu, Dualismo pulsional, Masoquismo erógeno primárioResumen
Muitos têm se debruçado sobre o pensamento freudiano após o ano de 1920 no que se refere à constituição do eu alicerçada na dualidade pulsional, marcadamente sobre manifestações da intrincação das duas pulsões fundamentais ambientada no tempo do masoquismo erógeno primário. Este ensaio propõe tecer enlaces entre as construções metapsicológicas freudianas a respeito dos desdobramentos da segunda tópica (Freud, 1920/1996b, 1923/1996c,1924/2007a, 1925/2007b, 1930/1996d) e as contribuições de André Green (1988, 1990, 2008) sobre esses processos primordiais constituintes do psiquismo, bem como seus impedimentos ou limitações, recorrendo-se também às revisões e construções conceituais de Benno Rosenberg (2003) e René Roussillon (2019). Partindo de Freud e tomando emprestados os modelos teóricos de Green e Rosenberg sobre como se vai configurando o masoquismo erógeno primário através da intrincação pulsional primeira, o artigo revisita o tempo-espaço onde o Ego de Prazer Purificado, paulatinamente, promoverá a complexização da vida psíquica e o asseguramento da vida como um todo. Valendo-se da dimensão temporal de espera/esperança promovida pela erotização da dor, esse eu primitivo vai adquirindo a possibilidade de desviar uma parte da pulsão de morte e dela servir-se para complexizar-se, possibilitando o encontro com o objeto e a correlata construção de si enquanto sujeito psíquico. Situando nesses processos de construção egóica o trabalho do negativo (Green, 2010), exploram-se os movimentos de ligação-desligamento-nova ligação que podem se dar das mais variadas formas, desde negações instauradoras dos lugares-função psíquicos até os processos de negação promotores das patologias mais severas. Assim, fazendo trabalhar as ideias sobre o masoquismo erógeno primário e o narcisismo primário, pensamos expandir o fazer analítico, convocados que somos por diferentes formas de ser e de sofrer que dizem de uma clínica do não erógeno, do não representado e suas manifestações sem palavra, em ato no corpo e no mundo.
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Citas
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