A experiência emocional do analista de crianças e o conceito de contratransferência

Autores

  • Peter Blos Jr. Associação Psicanalítica Americana

Palavras-chave:

Análise de crianças, Contratransferência, Resistência do analista, Transferência

Resumo

Neste estudo, três relatos clínicos breves ilustram os sentimentos intensos, difíceis e complexos suscitados em analistas de crianças por seus pacientes infantis e adolescentes e seus pais. Nota-se que mesmo entre colegas essas reações emocionais são reconhecidas com relutância, se reconhecidas, e são raramente descritas na literatura que, conseqüentemente, é escassa nesse assunto. Uma exceção excepcional é o artigo de 1948 de Berta Bornstein, estudado neste trabalho. Usando o conceito de contratransferência como base, experiências pessoais e clínicas são selecionadas para enfocar a prevalência dessas reações controversas, evasivas e instáveis da maioria dos tratamentos. Mas o objetivo principal do é encorajar analistas de crianças a reconhecerem a legitimidade de suas reações emocionais e, enquanto não desejam encarar a relação direta de seus sentimentos com os sentimentos inaceitáveis no paciente, encontram maneiras tecnicamente úteis de integrar esses insights, pois eles podem refletir no seu trabalho diário com pacientes, pais e supervisionandos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Peter Blos Jr., Associação Psicanalítica Americana

Membro Titular da Associação Psicanalítica Americana (APsaA).

Referências

ABEND, S. (1989). Countertransference and psychoanalytic technique. Psychoanal. Q., v.58, p. 374-395.

BARRON, J.W.; HOFFER, A. (1994). Historical events reinforcing Freud’s emphasis on “Holding down the countertransference”. Psychoanal. Q., v. 63, p. 536-540.

BORNSTEIN, B. (1948). Emotional barriers in the understandng and treatment of young children. Am. J. Orthopsychiat., v. 18, p .691-697.

BRANDELL, J. (ed.) (1991). Countertransference in psychotherapy with children and adolescents. Northwale, NJ. Jason Aronson.

BRANDELL, J.A (1991). Countertransference phenomena in the psychotherapy with children and adolescentes. In:______. (ed.). Countertransference in psychotherapy with children and adolescents. Northwale, NJ. Jason Aronson.

CHUSED, J. (1988). The transference neurosis in child analysis. Psychoanal. Study Child, v. 43, p. 51-82.

HEIMANN, P. (1950). On countertransference. Int. J. Psychoanal., v. 31, p. 81-84.

FREUD, S. (1910). The future prospects of psychoanalytic therapy. S.E., v.11. p. 139-152.

______. (1912). Recommendations to physicians practicing psychoanalysis. S.E., v. 12, p. 109-120.

______. (1915). Observations on transference-love: further recommendations on the technique of psychoanalysis. S.E., v.12, p.157-171.

JACOBS, T. (1991). The use of the self: countertransference and communication in the analytic situation. New York: Int.. Univ. Press.

KABCENELL, R. (1974). On countertransference: the contributions of Berta Bornstein to psychoanalysis. Psychoanal. Study Child, v. 29, p. 27-34.

KOHRMAN, R. et. al. (1971). Technique of child analysis: problems of countertransference. Int. J. Psychoanal., v. 52, p. 487-497.

LITTLE, M. (1951). Countertransference and the patient’s response to It. Int. J. Psychoanal., v. 32, p. 32-40.

RACKER, H.(1953). The countertransference neurosis. Int. J. Psychoanal., v. 34, p. 313-324.

______. (1957) The meanings and uses of countertransference. Psychoanal. Q., v. 26, p. 303-357.

______. (1968). Transference and countertransference. New York: Int. Univ. Press.

REICH, A. (1973). Annie Reich: psychoanalytic contributions. New York: Int. Univ. Press.

SANDELL, A. (1998). The adolescent process and psychic change. Psychoanalysis in Europe, Bulletin 50.

SILVERMAN, M. (1985). Countertransference and the myth of the perfectly analyzed analyst. In: SLAKTER, E. (ed.). (1987). Countertransference. Northvale, NJ: Jason Aronson.

TSIANTIS, J.; SANDLER, A.M.; ANASTASOPOULOS, D.; MARTINDALE, B. (1996) (ed.) Countertransference in psychoanalytic psychotherapy with children and adolescents. London: Karnac Books.

YANOF, J. (1996). Language, communication and transference in child analysis. J. Amer. Psychoanal. Assoc., v. 44, p. 79-116.

Publicado

07.12.2003

Como Citar

Blos Jr., P. (2003). A experiência emocional do analista de crianças e o conceito de contratransferência. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 5(2), 485–510. Recuperado de https://revista.sbpdepa.org.br/revista/article/view/132

Edição

Seção

1ª Semana da Infância e Adolescência na SBPdePA – 23 a 26 Abril de 2003