A experiência emocional do analista de crianças e o conceito de contratransferência
Palavras-chave:
Análise de crianças, Contratransferência, Resistência do analista, TransferênciaResumo
Neste estudo, três relatos clínicos breves ilustram os sentimentos intensos, difíceis e complexos suscitados em analistas de crianças por seus pacientes infantis e adolescentes e seus pais. Nota-se que mesmo entre colegas essas reações emocionais são reconhecidas com relutância, se reconhecidas, e são raramente descritas na literatura que, conseqüentemente, é escassa nesse assunto. Uma exceção excepcional é o artigo de 1948 de Berta Bornstein, estudado neste trabalho. Usando o conceito de contratransferência como base, experiências pessoais e clínicas são selecionadas para enfocar a prevalência dessas reações controversas, evasivas e instáveis da maioria dos tratamentos. Mas o objetivo principal do é encorajar analistas de crianças a reconhecerem a legitimidade de suas reações emocionais e, enquanto não desejam encarar a relação direta de seus sentimentos com os sentimentos inaceitáveis no paciente, encontram maneiras tecnicamente úteis de integrar esses insights, pois eles podem refletir no seu trabalho diário com pacientes, pais e supervisionandos.
Downloads
Referências
ABEND, S. (1989). Countertransference and psychoanalytic technique. Psychoanal. Q., v.58, p. 374-395.
BARRON, J.W.; HOFFER, A. (1994). Historical events reinforcing Freud’s emphasis on “Holding down the countertransference”. Psychoanal. Q., v. 63, p. 536-540.
BORNSTEIN, B. (1948). Emotional barriers in the understandng and treatment of young children. Am. J. Orthopsychiat., v. 18, p .691-697.
BRANDELL, J. (ed.) (1991). Countertransference in psychotherapy with children and adolescents. Northwale, NJ. Jason Aronson.
BRANDELL, J.A (1991). Countertransference phenomena in the psychotherapy with children and adolescentes. In:______. (ed.). Countertransference in psychotherapy with children and adolescents. Northwale, NJ. Jason Aronson.
CHUSED, J. (1988). The transference neurosis in child analysis. Psychoanal. Study Child, v. 43, p. 51-82.
HEIMANN, P. (1950). On countertransference. Int. J. Psychoanal., v. 31, p. 81-84.
FREUD, S. (1910). The future prospects of psychoanalytic therapy. S.E., v.11. p. 139-152.
______. (1912). Recommendations to physicians practicing psychoanalysis. S.E., v. 12, p. 109-120.
______. (1915). Observations on transference-love: further recommendations on the technique of psychoanalysis. S.E., v.12, p.157-171.
JACOBS, T. (1991). The use of the self: countertransference and communication in the analytic situation. New York: Int.. Univ. Press.
KABCENELL, R. (1974). On countertransference: the contributions of Berta Bornstein to psychoanalysis. Psychoanal. Study Child, v. 29, p. 27-34.
KOHRMAN, R. et. al. (1971). Technique of child analysis: problems of countertransference. Int. J. Psychoanal., v. 52, p. 487-497.
LITTLE, M. (1951). Countertransference and the patient’s response to It. Int. J. Psychoanal., v. 32, p. 32-40.
RACKER, H.(1953). The countertransference neurosis. Int. J. Psychoanal., v. 34, p. 313-324.
______. (1957) The meanings and uses of countertransference. Psychoanal. Q., v. 26, p. 303-357.
______. (1968). Transference and countertransference. New York: Int. Univ. Press.
REICH, A. (1973). Annie Reich: psychoanalytic contributions. New York: Int. Univ. Press.
SANDELL, A. (1998). The adolescent process and psychic change. Psychoanalysis in Europe, Bulletin 50.
SILVERMAN, M. (1985). Countertransference and the myth of the perfectly analyzed analyst. In: SLAKTER, E. (ed.). (1987). Countertransference. Northvale, NJ: Jason Aronson.
TSIANTIS, J.; SANDLER, A.M.; ANASTASOPOULOS, D.; MARTINDALE, B. (1996) (ed.) Countertransference in psychoanalytic psychotherapy with children and adolescents. London: Karnac Books.
YANOF, J. (1996). Language, communication and transference in child analysis. J. Amer. Psychoanal. Assoc., v. 44, p. 79-116.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SBPdePA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.