O retorno do pai na democracia
a psicanálise como forma de pensar a dimensão psíquica da política
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v20i2.676Palavras-chave:
Democracia, Estado, Pai primevo, Política, PsicanáliseResumo
Neste artigo vamos investigar como o assassinato do Pai da horda primeva possibilita a nova ordem social instaurada pelos irmãos, tendo como pilares a proibição do assassinato e do incesto. Este Pai morto ainda paira nos meandros do inconsciente sob uma dupla fantasia. De um lado, há o medo de que os poderes onipotentes deste Pai assassinado sejam reinvestidos em uma outra figura ou forma de organização totalitária do Estado. Por outro lado, há a fantasia de investimento dos poderes deste Pai primevo na figura de um político, ou candidato, sob a garantia de que agora o Estado irá coibir qualquer tentativa de despotismo por meio dos seus aparatos regulamentadores. Analisaremos também como psicanálise e política pensam a estrutura do convívio social através da introjeção da culpa. Mostraremos, ainda, como o estado faz uso da agressividade, e se esta é uma atitude “política” no sentido lícito do termo.
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