Sobre o tempo do sujeito e a atemporalidade do inconsciente
algumas considerações sobre o envelhecer
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v27i1.921Palavras-chave:
Envelhecimento, Inconsciente, Kairós, Psicanálise com idosos, VelhiceResumo
Ao longo da história da humanidade o tempo foi tema de curiosidade para diversos saberes. Este artigo versa sobre algumas dessas concepções, dando ênfase ao tempo lógico de Lacan, o mais representativo da experiência subjetiva, e coerente com a visão apresentada a partir de Jack Messy e Ângela Mucida sobre a velhice. Como objetivo, busca-se refletir sobre as diferentes formas de envelhecer e como a teoria psicanalítica pode construir um discurso sobre a velhice, considerando o sujeito do inconsciente, que não envelhece, e que se direciona ao seu desejo. As implicações teóricas da pesquisa apontam para a singularidade da escuta no trabalho com idosos.
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