Psicanálise e racismo

qual é a cor do outro?

Autores

  • Marco Aurélio Crespo Albuquerque Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v23i1.783

Palavras-chave:

Alteridade, Experiência emocional, Narcisismo, Racismo, Relações objetais

Resumo

O autor aborda o fenômeno universal e onipresente do racismo, usando para isso as ferramentas da psicanálise, que ajudam a compreender os aspectos inconscientes daqueles que, presos aos grilhões do narcisismo e da destrutividade, são incapazes de conviver com a alteridade, com a existência do outro e do diferente, independentemente de que cor ele tenha. O outro, temido ou odiado, torna-se o outro a ser atacado e segregado, não por pautas socialmente ou estruturalmente determinadas, mas por pautas inconscientes estruturadas em relações de objeto narcisistas destrutivas e onipotentes, que dificultam ou impedem a convivência de Narciso com aquilo que não é espelho.

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Biografia do Autor

Marco Aurélio Crespo Albuquerque, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Médico, Psiquiatra e Psicanalista; Psiquiatra do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Professor Convidado das Residências de Medicina de Família e Comunidade e de Psiquiatria do Hospital Nossa Senhora da Conceição; Membro Efetivo e Psicanalista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre, da FEBRAPSI e Membro Associado da International Psychoanalytical Association (IPA).

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Publicado

06.01.2021

Como Citar

Albuquerque, M. A. C. (2021). Psicanálise e racismo: qual é a cor do outro?. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 23(1), 184–199. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v23i1.783

Edição

Seção

Artigos e Ensaios Temáticos – Racismo e Preconceitos

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