A Interpretação e a mente do analista

considerações sobre três configurações espectrais

Autores

  • Renato Trachtenberg Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v4i1.83

Palavras-chave:

Interpretação, Verdade, Mistério, Conjunção/correlação

Resumo

O autor, partindo do modelo teórico-clínico de Bion e inspirado nas idéias de Meltzer sobre o conflito estético, trata de pensar alguns problemas na interpretação psicanalítica a partir de três configurações espectrais: espectro verdade ↔ verdadismo, espectro mistério ↔ secretismo e espectro conjunção/ correlação/probabilismo ↔ causalismo. Considera que as três dimensões espectrais se interpenetram de tal forma que é quase impossível pensar em situações no consultório em que cada uma delas não esteja acompanhada das outras. Implicam, respectivamente, um conflito em relação à posse do conhecimento da verdade, da intimidade e da origem.

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Biografia do Autor

Renato Trachtenberg, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Membro Titular e Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (SBPdePA). Membro Titular da Associação Psicanalítica de Buenos Aires (APdeBA).

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Publicado

15.07.2002

Como Citar

Trachtenberg, R. (2002). A Interpretação e a mente do analista: considerações sobre três configurações espectrais. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 4(1), 203–221. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v4i1.83

Edição

Seção

Artigos/Ensaios/Reflexões

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