Tédio
uma morte em vida
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v25i1.850Palabras clave:
Contemporaneidade, Pulsão de morte, Satisfação, TédioResumen
Na contemporaneidade, principalmente a partir da revolução informacional, e, mais especificamente, com o advento dos dispositivos digitais, como celulares e tablets, temos observado o recrudescimento de sintomas ligados à apatia e à anedonia, que podem ser sintetizados no analisador Tédio. Principalmente na infância, mas não exclusivamente, esses sintomas suscitam preocupação, em função de que a ludicidade e a fruição do imaginário são imprescindíveis para o desenvolvimento psíquico e para o laço social.
O presente trabalho objetiva refletir sobre o tédio contemporâneo, pensando à luz dos mecanismos de satisfação pulsional e sua relação com dispositivos de entretenimento digital à pronta-entrega, sendo esses entendidos como possíveis objetos de adição. Desse modo, delineando o tédio como um mecanismo de recusa (verwerfung) do pensar-desejar, a perversão enquanto modalidade de desejo pode ser pensada como uma dinâmica e sintomática social emergente de se relacionar com a satisfação.
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