O Método de Observação de Bebês Esther Bick, a psicanálise de crianças e adolescentes
ateliê privilegiado para a psicanálise contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v9i2.259Palavras-chave:
Psicanálise de crianças, Psicanálise de adolescentes, Método de OB Esther Bick, As exigências teóricas e técnicas da clínica atual, Os Estados Mentais Primitivos, O lugar do analista revisitado, Paratransferências, Função analítica, PatologiaResumo
A psicanálise de crianças e adolescentes e o Método de OB Esther Bick (1962) permitem iluminar as reformulações teóricas e técnicas das novas doenças da alma. Nelas, o denominador comum são as falhas ou a falta de representação. As contribuições mais preciosas são: I) permitir a compreensão da essência do Método Psicanalítico e suas conseqüências na tekné, o que explicita o valor do setting metapsicológico muito além do setting folclórico; II) permitir a compreensão metapsicológica dos EMP (Estados Mentais Primitivos); III) permitir uma nova compreensão da função do analista, muito além da sua função interpretativa; IV) permitir a compreensão das paratransferências; V) oferecer novas idéias para a formação de todo analista. M. Klein cria uma nova técnica que pressupõe uma nova metapsicologia. Nela: a) o analista alcança o paciente no nível de estruturação em que ele está; b) o paciente pode ser aquilo que ele é. O analista se debruça criativamente sobre o mundo infantil, em lugar de “puxar” o paciente para que alcance dos pressupostos técnico-teóricos tradicionais; c) nas entrelinhas, admite-se que haja uma gênese na construção da subjetividade; d) às vezes, a mente precisa ser construída; e) a conquista da linguagem é critério de término de uma análise, e não critério de analisabilidade.
Downloads
Referências
ALVAREZ, A. (1992). Live company. London: Tavistock Clinic, 1992.
BARANGER, W. e BARANGER, M. (1969). Problemas del campo psicoanalítico. Buenos Aires: Ed. Kargieman, 1993.
BLEICHMAR, H. (1997). Avances en psicoterapia psicoanalítica. Buenos Aires: Paidós, 1999.
BIANCHEDI, E. T. et al. (1999). Bion, conocido / desconocido. Buenos Aires: Lugar Editorial, 1999.
BIANCHEDI, E. T. e SOR, D. La mente primordial, el mito de Babel, y la mente separada. In: SIMPÓSIO DA APdeBA, 5., 1993, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires: APdePA, 1993.
BICK, E. (1962). Chil analysis today. International Journal Psychoal, London, v. 43, pt. 4-5, p. 238-332, 1962.
_____. (1968). A experiência da pele em relações arcaicas. In: ______. Melaine Klein hoje. Rio de Janeiro: Imago, v. 1, p. 194-198, 1991.
BION, W. (1978). Clinical Seminars: São Paulo 1978. In: CLINICAL SEMINARES AND FOUR PAPERS. Fleetwood, 1987.
BLEGER, J. (1967). Psicoanálisis del encuadre psicoanalítico. In: ______. Simbiosis y ambiguidad: estúdio psicoanalítico. Buenos Aires: Paidós, 1967, p. 237-250.
FREUD, A. (1927). Psicoanálisis del niño. Buenos Aires: Hormé, 1964.
FREUD, S. (1909). Apéndice al análisis del pequeño Hans. In: ______. Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1922. vol. 10.
_____. (1913). La predisposición a la neurosis obsesiva: contribución al problema de la elección de neurosis. In: ______. Obras completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1976. vol. 12.
GREEN, A. (1997). Un psicoanalista comprometido: conversaciones com Manuel Macias. Buenos Aires: Grupo Editorial Norma. 1997.
KANCYPER, L. (1994). El campo analítico con niños y adolescente. In:_____.Psicoanálisis de niños y adolescentes en América. Lima: FEPAL., 1994, p.158-165. vol. 1. Apresentado no 1º Congreso Latinoamericano de Psicoanálisis de Niños y Adolescentes, Córdoba, 21-25 abril 1994.
KLEIN, M. (1959). Our adult world and its roots in infancy. In: _____ Envy and gratitude and other works: 1946-1963. London: The Hogarth Press, 1980. p.247-63. (The Writings of Melanie Klein, 3).
KORBIVCHER, C.F. (2001). A teoria das transformações e os estados autísticos: transformações autísticas: uma proposta. Rev. Bras. Psicanál., v. 35 , n. 4 , p. 935-958, 2001.
LACAN, J. (1954). ¡El Lobo! ¡El Lobo!. In:_____. Le séminaire de Jacques Lacan. Livre 1. Paris: Éditions du Seuil, 1975.
LANDOLFI, P. (2004). Transferencia (T) y Contratransferencia (CT) en psicoanálisis de niños: el problema de la Paratrasnferencias (PT). In: CUARTO ENCUENTRO ASOCIACIÓN PSICOANALÍTICA ITALIANA: TRANSFERENCIA – CONTRATRANSFERÊNCIA HOY. Anais… Buenos Aires: Asociación Psiconalítica Argentina, 29 e 30 de Outubro de 2004. p. 76-78.
LUTEMBERG, J. (2001). Revisión del paradigma freudiano de la sexualidad: el vacio mental y la edición. In: Asociación Escuela Argentina de Psicoterapia para Graduados. Buenos Aires, n. 27, p. 113-138, 2001. Fundamentos del psicoanálisis: desarrollos teóricos, clínicos y técnicos.
MARUCCO, N.C. (1998). Cura analítica y transferencia: de la represión a la desmentida. Buenos Aires: Amorrortu, 1998.
MELTZER, D. (1967). The psycho-analytical process. London: William W. M. Books ltda, 1996.
MELTZER, D. et al. (1975). Exploración del autismo. Buenos Aires: Paidós, 1976.
MOGUILLANSKY, R. (1999). Vinculo y relacion de objeto. Buenos Aires: Polemos, 2003.
OGDEN, T.H. (1992). A fronteira primária da experiência humana. Madrid: Julian Yebenes, 1992.
WINNICOTT, D. W. (1963). Fear of breakdown. In: WINNICOTT, C. et al. Psycho-analytic explorations. London: Karnac Books, 1989. p.87-95.
ZYGOURIS, R. (2002). O vínculo inédito. São Paulo: Escuta, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SBPdePA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.