Os estados primitivos da mente em um caso de adoção gemelar

Autores

  • Lisiane Stornilo Peres
  • Renata Viola Vives Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre
  • Sara Fagundes
  • Thabata Brando
  • Vanessa Azeredo Gavioli

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v19i1.628

Palavras-chave:

Adoção, Estados primitivos, Gêmeos

Resumo

Apresenta-se, neste artigo, o caso clínico de dois irmãos gêmeos, Joaquim e Pedro, que manifestavam falhas precoces no desenvolvimento e na estruturação do ego relacionadas a traumas vividos intensamente. Os meninos chegaram para atendimento psicoterápico em razão do próprio processo de adoção, bem como devido às suas condutas agressivas e antissociais. Como referencial teórico, baseia-se a análise nas ideias de Winnicott sobre privação e delinquência, assim como a revisão da ideia de arcaico de Dorado de Lisondo, entre outros. Por meio do trabalho analítico, ficou evidenciado que os abusos vividos nos estágios iniciais da infância alteraram significativamente as percepções dos irmãos e sua capacidade de empatia em relação ao mundo, ambos necessitando imperiosamente reorganizar suas estruturas psíquicas através de um ambiente continente e seguro, para assim criarem um aparelho capaz de pensar os pensamentos, bem como sentir os sentimentos.

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Biografia do Autor

Lisiane Stornilo Peres

Acadêmica em Psicologia UNIRITTER. Estagiária de Psicologia Clínica.

Renata Viola Vives, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Psicóloga e Psicanalista. Membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre.

Sara Fagundes

Acadêmica em Psicologia PUCRS. Estagiária de Psicologia Clínica.

Thabata Brando

Acadêmica em Psicologia PUCRS. Estagiária de Psicologia Clínica.

Vanessa Azeredo Gavioli

Acadêmica em Psicologia PUCRS. Estagiária de Psicologia Clínica.

Referências

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Publicado

03.01.2017

Como Citar

Peres, L. S., Vives, R. V., Fagundes, S., Brando, T., & Gavioli, V. A. (2017). Os estados primitivos da mente em um caso de adoção gemelar. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 19(1), 187–197. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v19i1.628

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