A experiência invivível
incesto e alteridade
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v21i2.719Palavras-chave:
Alteridade, Édipo, IncestoResumo
Alteridade, conforme o dicionário, é a natureza ou a condição do que é o outro, do que é distinto. O homem como um ser social tem uma relação de interação e dependência com o outro. Assim, o “eu” na sua forma individual só pode existir através do contato com o “outro”. A alteridade não se perde ou deixa de se fazer presente nos casos de violência, repúdio, intolerância e preconceito. Portanto, como podemos pensar a alteridade no contexto das cenas reais de sedução sexual? Na cena do incesto? Nas cenas de impacto patógeno, que não se referem a desejos incestuosos, mas a incestos consumados? Diferentemente da fantasia de sedução e dos desejos incestuosos do Édipo, o incesto em si rompe, invade, condena. Enquanto a proibição do incesto sustenta uma função lógica sem a qual tudo se confundiria, ele borra os limites da família e introduz confusão, assim como a ideia de banalidade dos atos e das repetições. Através de uma vinheta clínica, pretendemos discutir esses e outros aspectos do que pode se tornar uma experiência “invivível”.
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Referências
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