Hipérbole
presença nas artes – presença analítica
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v19i1.626Palavras-chave:
Arte, Hipérbole, Psicanálise, Transformação em alucinose, ViolênciaResumo
Este estudo teve como objetivo apresentar diferentes vértices desta figura de estilo ou secção cônica denominada hipérbole. A partir da matemática euclidiana, a autora inicia uma busca nas artes e na psicanálise por movimentos hiperbólicos. Contudo, se nas artes a hipérbole pode contextualizar-se em um ato criativo, a autora demonstra que o mesmo não ocorre na mente humana. O uso da hipérbole durante o processo analítico é sinônimo de dor psíquica, violência, inveja e hostilidade. Este funcionamento mental é discutido a partir da análise de um caso clínico no qual os vínculos psíquicos de amor (L), de ódio (H) e de conhecimento (K), relativos às experiências emocionais foram obstaculizados ao longo do desenvolvimento, gerando transformações em alucinose e atuações hiperbólicas. Através de vinhetas clínicas, a autora apresenta a ampliação da compreensão emocional do analisando através do processo psicanalítico e o acionamento de transformações em O, o incognoscível.
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