Anteâmbulo para uma psicanálise pós-metapsicológica
DOI:
https://doi.org/10.60106/rsbppa.v20i2.682Palavras-chave:
Contemporaneidade, Estruturalismo, Fenomenologia, Metafísica, Metapsicologia, ModernidadeResumo
O perigoso descompasso constatável entre o tempo e o curso dos acontecimentos/ pensamentos na psicanálise e na filosofia não poderá deixar de impor ao pensador psicanalítico a responsabilidade de interpelar a própria disciplina no sentido de questionar-lhe o anacronismo noético. Se atentarmos para o fato de que a metafísica moderna, que fornece estofo filosófico ao discurso metapsicológico, viveu seu ocaso no início do século XX, sucumbindo ao martelo de Nietzsche e à destruição de Heidegger, de onde se originam os principais filósofos contemporâneos, não será conveniente que depois de um século a conceptualística e a nomenclatura freudianas permaneçam inalteradas a despeito da subversão das formas do saber que partejou a contemporaneidade do pensar. Este escrito questiona os padrões de reflexão e transmissão do saber psicanalítico na atualidade, onde a filosofia é amiúde ignorada e as referências filosóficas raramente utilizadas remetem comumente à modernidade.
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Referências
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