Observação da relação mãe-bebê e apreensão clínica em estados mentais primitivos

Autores

  • Ane Marlise Port Rodrigues Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.60106/rsbppa.v15i2.504

Palavras-chave:

Agonias primitivas, Ambivalência, Clínica psicanalítica, Continência, Observação da relação mãe-bebê (ORMB)

Resumo

Percorrendo vinhetas de uma observação da relação mãe-bebê (método Bick) e do atendimento de uma menina de 3 ½ anos com predomínio de estados mentais primitivos, a autora coloca os benefícios que a vivência da observação traz para a apreensão das comunicações primitivas e da linguagem não verbal. Também ressalta que a reativação e a reatualização do bebê que fomos traz de volta tanto experiências de prazer quanto o sinistro familiar já vivido e coloca o analista frente ao trabalho de evitá-lo ou incorporá-lo aos seus recursos pessoais e terapêuticos. Considera que a ambivalência em dar o colo ao bebê e a falta de continência a uma menina que parecia solta no espaço, onde se debatia, tornam-se possíveis reativadores das angústias primitivas vivenciadas em algum momento da primeira infância dos observadores.

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Biografia do Autor

Ane Marlise Port Rodrigues, Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre; Psiquiatra e Psicanalista de Crianças e Adolescentes

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Publicado

26.07.2013

Como Citar

Rodrigues, A. M. P. (2013). Observação da relação mãe-bebê e apreensão clínica em estados mentais primitivos. Psicanálise - Revista Da Sociedade Brasileira De Psicanálise De Porto Alegre, 15(2), 297–308. https://doi.org/10.60106/rsbppa.v15i2.504

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